terça-feira, 24 de setembro de 2013

Na ONU, Dilma chama espionagem americana de "violação dos direitos humanos"

Em discurso no plenário da 68ª Assembleia Geral da ONU, a presidente Dilma Rousseff fez duras críticas às ações de espionagem americana reveladas pelo ex-funcionário da Agência Nacional de Segurança (NSA) Edward Snowden e chamou o caso de "violação dos direitos humanos e das liberdades civis".

ENTENDA O CASO DE ESPIONAGEM

Em 1º de setembro deste ano, o "Fantástico", da Rede Globo, exibiu uma reportagem no qual mostrou quee-mails pessoais da presidente Dilma foram interceptados pela NSA. Em 8 de setembro, uma segunda reportagem apontou que a Petrobras, maior empresa brasileira, também foi espionada pelos norte-americanos. As reportagens foram produzidas em parceria com o jornalista norte-americano Glenn Greenwald e baseada em documentos vazados pelo ex-agente da NSA Edward Snowden
"Quero trazer à consideração das delegações uma questão à qual atribuo a maior relevância e gravidade. Recentes revelações sobre as atividades de uma rede global de espionagem eletrônica provocaram indignação e repúdio em amplos setores da opinião pública mundial", disse Dilma. "No Brasil, situação foi mais grave pois aparecemos como alvo", completou.
Segundo a presidente, o argumento de que os Estados Unidos precisam espionar para proteger seus cidadãos do terrorismo não é válido e afirmou que o Brasil sabe se proteger.
"O Brasil repudia, combate e não dá abrigo a grupos terroristas. Somos um país democrático, pacífico e respeitoso. Vivemos há 140 anos em paz com nossos vizinhos", disse.
Para Dilma, o direito à segurança de um país não pode ser maior do que o respeito pelos direitos humanos
"Jamais pode o direito à segurança dos cidadãos de um país ser garantido mediante a violação de direitos humanos e civis fundamentais dos cidadãos de outro país. Pior ainda quando empresas privadas estão sustentando esta espionagem", afirmou.
Dilma também afirmou que o Brasil apresentará uma proposta para a criação do marco civil para governança e uso da internet. Segundo a presidente, a medida serve para garantir a privacidade pessoal e a soberania das nações.


Postado por : Mateus Vaz

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